Meu Girassol

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Para dizer que lembrei das flores

sábado, 15 de janeiro de 2011

Proposta Pedagógica

O Trabalho com a Diversidade






1. Justificativa

A riqueza da humanidade consiste na grande diversidade sociocultural existente no planeta que, embora assumindo dimensões e formas diversas, geram-se diferenças entre gêneros, classes sociais, grupos étnicos e culturais, inclusive entre as minorias religiosas, regionais e sexuais. Devido a esses fatos e para evitar que os direitos humanos tornem-se meras declarações de princípios, é indispensável que a educação seja a ponte pela qual as novas gerações possam desenvolver conhecimentos, valores, afetos visando sua preservação digna e inclusiva na sociedade.
Nesse sentido, a educação constitui-se um dos principais ativos e mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano, buscar a união de esforços para garantir o reconhecimento da contribuição dessa diversidade para a formação do povo brasileiro.
Nesse contexto, devemos assumir o compromisso de implementar Diretrizes que nortearão ações em trabalho de construção e reconstrução com os sujeitos que vivenciam a diversidade.
Assim, essas Diretrizes orientarão a elaboração de projetos empenhados na valorização da História e Cultura do nosso país para aprofundar cada vez mais as relações com a identidade, gênero, etnia e as diferenças dos atores sociais e pedagógicos inseridos no universo escolar.

2. Objetivos

  • Valorizar as diferenças no contexto escolar;
  • Reconhecer a igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos;
  • Compreender que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos diversificados, que possuem a cultura e a história própria igualmente valiosa e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua história;
  • Considerar as diferenças reparando as injustiças com que os negros, indígenas, classes populares, pessoas com necessidades especiais, no geral são comumente tratados;
  • Vivenciar valores e atitudes que favoreçam as relações interpessoais no seu cotidiano;
  • Ressignificar a história valorizando as raízes africanas, européia, asiática para o maior reconhecimento da identidade.

3. Metodologia

A metodologia desta proposta configura-se como um conjunto de ações docentes destinadas a discutir e consolidar o pertencimento étnico, por meio das seguintes iniciativas:

·        Trabalho das turmas de aprendentes através da metodologia de projetos, partindo de eixos temáticos;
·        Desenvolvimento de ações e valores que enfatizem as vivências e marquem os indivíduos nos seus afetos, evocando o sentido de ser, pertencer e participar solidariamente da sua comunidade;
·        Fomentar ações de divulgação e conscientização sobre o assunto através de debates, seminários, fóruns;
·        Criação de estratégias voltadas para a inclusão e o combate a discriminação;
·        Criação de grupos de estudo na sala de aula;
·        Mapeamento cultural;
·        Socialização das iniciativas em blog;

4. Avaliação

Todo processo de avaliação necessita de planejamento e escolha de instrumentos de coleta de dados. Isso significa que muitos pontos devem ser levados em consideração, a saber:

  • Atender a realidade, a qual os aprendentes estão inseridos;
  • Levantar e selecionar, articuladamente, com os conteúdos essenciais estabelecidos;
  • Organizar e planejar procedimentos metodológicos;
  • Elaborar instrumentos que garantam uma significativa coleta de dados;
  • Oferecer feedback aos sujeitos que desenvolveram a aprendizagem.

Sendo assim, por acreditar nessa perspectiva de avaliação, ressaltando o desenvolvimento desse processo avaliativo é importante destacar que o mais essencial é colocar a avaliação a serviço da aprendizagem dos aprendentes que estão se formando cidadãos do mundo.

5. Referências

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: DF, 1994.

BRASIL. Cultura e Identidade Afro-Brasileira e Indígena: Guia de Orientação para os Municípios. UNICEF/CEAFRO, 2008.

Conferência Nacional de Educação Básica – Documento Final.

GUIMARÃES, Thelma e Luciana Garcia. Cidadania e Interculturalismo – São Paulo: Adilson Wesley, 2009.

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